tem uma pergunta que me persegue desde quando ela chegou: “o que você queria tanto ter sido e não foi?”. do lado dessa pergunta tem a lembrança do meu avô tocando trompete no quarto. tem uma melancolia germinada entre essas imagens. faço esse texto que tem amparo no meu avô, mas é sobre essa neurose de querer muito tudo aquilo que se tem medo. ou como lidar com o desejo quando ele sempre também carrega seus conteúdos ameaçadores. como eu gostaria de fracassar de outro jeito. esse texto é uma tentativa que me trouxe a uma série de frustrações. com ele eu aprendi que fazer o que se quer não é como comer um pudim. devo muito do que aprendi sobre coragem e caminho nesse texto ao meu avô, ao terreiro aruanda e a sophia volkmer. publiquei pela editora matula edições e seu lançamento foi na feira canastra de 2025, em belo horizonte.

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